Manutenção preventiva em sistemas térmicos: quando e por que fazer
Por: HEAT ALLIANCE - 09 de Dezembro de 2025
Fazer a manutenção preventiva em sistemas térmicos é de fundamental importância, especialmente em um ambiente industrial altamente competitivo. Afinal de contas, a eficiência e a segurança de todo o processo, além de serem diferenciais, são requisitos mínimos para que o negócio seja sustentável.
E para ajudá-lo nessa importante missão, a Heat Alliance preparou este artigo com todas as informações necessárias sobre o assunto.
Aqui você vai saber o que é manutenção preventiva de sistemas térmicos, quais são os pontos de inspeção fundamentais, quais são os 4 pilares da prevenção e qual é a frequência ideal para realizar a manutenção preventiva.
O que é a manutenção preventiva em sistemas térmicos?
De um modo geral, a manutenção preventiva é um conjunto de ações que devem ser planejadas e programadas para serem realizadas numa determinada frequência. Ela tem como principal objetivo reduzir a probabilidade de falhas e também aumentar o tempo de vida útil do equipamento.
Muitos acreditam que a manutenção preventiva em sistemas térmicos deve ser feita apenas na caldeira ou no aquecedor, mas é preciso ir bem além disso. Veja:
- Meio de transferência: o fluido térmico precisa ser avaliado de tempos em tempos para saber se o ponto de fulgor, a acidez, o teor de carbono e a degradação estão de acordo com o esperado;
- Movimentação: verificar se as bombas estão alinhadas;
- Geração de calor: aqui, a ideia é fazer a inspeção de serpentinas, refratários e queimadores, ou seja, verificar fluido térmico e caldeiras;
- Transporte: verificar se o isolamento térmico está funcionando como deveria, se há vazamentos, e se a integridade estrutural do meio de transporte se mantém;
- Controle: válvulas de alívio, dispositivos de segurança e termopares estão bons, ou seja, fazer calibração e teste de instrumentação.
Ao avaliar todos esses pontos, a manutenção preventiva consegue se antecipar ao problema, ou seja, ela evita que o problema aconteça. Consequentemente, isso evita grandes prejuízos e reduz gastos com consertos e ajustes de última hora.
Quais são os 4 pilares da manutenção preventiva?
Ainda não está convencido de que a manutenção preventiva em sistemas térmicos é a melhor opção? Então veja, por meio dos pilares listados abaixo, 4 bons motivos para colocá-la em prática o quanto antes:
1. Redução de custos e aumento da vida útil
Resolver um problema depois que ele acontece costuma sair muito mais caro, principalmente quando se fala de uma produção industrial no formato esteira. Quanto a máquina dá problema em um setor, toda produção que vem após, tende a parar.
Nesse cenário, você não está apenas com o problema no maquinário, mas está perdendo um recurso valioso que não será capaz de recuperar: o tempo.
E o tempo que leva para encontrar o problema e para resolvê-lo costuma ser muito maior que o tempo usado para fazer as manutenções programadas.
Além disso, as manutenções preventivas aumentam a vida útil do maquinário, pois impede que ele fique funcionando com uma peça que não é tão boa, fazendo o equipamento entregar a mesma eficiência, porém, exigindo muito mais trabalho e consumo de energia.
2. Maior confiabilidade e qualidade na produção
Falhas, por exemplo, na temperatura podem comprometer uma boa parte da produção, especialmente se o produto final depende de uma temperatura muito específica (uma reação química, laminação e outros).
Uma manutenção preventiva seria capaz de verificar se a temperatura é a ideal para o produto em questão e se há alguma peça que precisa ser trocada em breve para evitar uma alteração nessa temperatura.
3. Segurança operacional e conformidade legal
A segurança das pessoas que trabalham no local é o mais importante e quando se trata de um processo de trabalho que exige calor industrial em altas pressões e temperaturas, os riscos são ainda maiores.
Portanto, a manutenção preventiva em sistemas térmicos é de extrema importância. Ela consegue identificar se tudo está funcionando conforme a NR-13 (norma que exige que haja inspeções periódicas em determinados equipamentos como vasos de pressão, aquecedores e caldeiras. Manter as manutenções em dia evita multas e até interdições.
Além disso, elas também são capazes de evitar incêndios e explosões e também aumentam a integridade estrutural detectando, por exemplo, corrosão nas tubulações e aquecedores.
4. Máxima eficiência operacional
Para ser eficiente, um processo precisa oferecer a máxima produção com um menor gasto de energia e é exatamente esse um dos objetivos da manutenção preventiva.
Como os sistemas térmicos dependem diretamente da energia para funcionar, qualquer pequena mudança, vai impactar diretamente na produção e na eficiência do processo. Assim, problemas como isolamento comprometido, degradação de fluido térmico, incrustações e sujidade tendem a comprometer essa eficiência e, consequentemente, aumentar os custos, pois você vai precisar comprar mais fluido em menos tempo.
Quando fazer a manutenção preventiva?
Essa costuma ser uma das principais dúvidas de muitas pessoas e, como se é de imaginar, não há uma única resposta, pois a periodicidade depende de vários fatores.
Mas existem alguns critérios que você pode usar para tomar como base:
- Análise de fluido térmico: esse deve ser analisado, em média, a cada 6 meses;
- Análise de vibração: detecta desalinhamento, folgas e problemas de rolamentos;
- Termografia: é o uso de câmeras com recurso de infravermelho para identificar pontos de superaquecimento. Assim, você saberá quando realizar a manutenção.
Você também pode aproveitar as paradas sazonais, que são aqueles períodos em que a produção é muito menor e alguns setores podem até não funcionar. Esse é o momento perfeito para fazer a limpeza interna de serpentinas, a inspeção visual interna de caldeiras e vasos e também a substituição completa de isolamentos degradados.
Quer mais uma dica sobre a frequência na manutenção periódica? Siga o manual de instruções do fabricante do equipamento. Normalmente, cada máquina possui um tempo de manutenção baseado no tempo de funcionamento. Por exemplo, fazer a manutenção a cada 4 mil horas de funcionamento.
Agora que você entendeu muito bem a importância de uma boa manutenção preventiva em sistemas térmicos é só colocar em prática. Mas, para isso, você precisa encontrar profissionais experientes e que sejam capazes de identificar o problema antes que ele aconteça.
Aqui na Heat Alliance temos diversos serviços de manutenção como a análise de flexibilidade de redes, segurança do sistema e muitos outros. Acesse o nosso site, conheça e entre em contato com o nosso time de especialistas.